Lei Municipal 1453/79 e 2844/94 - CEP: 35680-267
Denomina logradouro público: Rua Aurélio Campos /
Centro, Piedade e Residencial Novo Horizonte.
Era natural de Bonfim,
nascido em 1º de janeiro de 1893; tendo
sido casado com Rita Augusta de Oliveira. Abastado comerciante, foi
proprietário de um açougue, de uma sapataria e também de uma grande fazenda
voltada para o rebanho bovino. Foi ainda caixeiro-viajante.
Na
década de 30, mudou-se para o município de Itaúna, que segundo seus familiares,
dois poderiam ter sido os motivos que o levaram a esta decisão — o primeiro, seria
por questões políticas; o segundo, para expandir seus negócios na cidade.
Em
Itaúna adquiriu uma residência em Santanense, abrindo um armazém e uma padaria.
Foi acionista da Companhia de Tecidos Santanense, em cujas reuniões sempre se
fazia presente, sendo um dos destacados conselheiros da empresa. No povoado de
Campos, onde possuía uma fazenda, realizava o garimpo de cristais e no centro
da cidade, adquiriu uma casa; situada à famosa rua Direita (hoje Av. Getúlio Vargas)
em cujo local, recebia familiares e amigos, em tempos de grandes festas,
principalmente religiosas.
Aurélio
Campos, homem íntegro e caridoso para com os necessitados, foi confrade
vicentino e católico fervoroso, atuante na comunidade. Todavia, em diversas
situações, revelava o seu caráter fleumático e intempestivo; resolvia suas desavenças,
“na lábia ou na bala” – dado seu irrequieto espírito de liderança. Exemplo disso, que em certa ocasião, foi alvo
de uma emboscada no povoado de Guedes,
no município de Bonfim, em cuja história não se registrou os nomes dos rixosos;
todavia, havia muita bala espalhada pelo chão — não seria novidade, se o motivo
fosse alguma querela política.
Na
cidade de Itaúna, por ser de baixa estatura e o andar diferente dos demais,
carregava consigo um apelido jocoso — Aurélio
morceguinho, alcunha esta, proferida apenas entre os próprios mexeriqueiros,
caso contrário, Aurélio Campos não se intimidava em usar a sua doce companheira
flaubert (espingarda).
“Causos
à parte ou não”, Aurélio Campos também era muito lembrando pela sua linda e
pitoresca charrete. De estofado em couro preto e com um finíssimo acabamento de
primeira classe, o veículo de tração animal possuía os seguintes acessórios: um
guarda-sol, um porta-malas para bagagens, um cão de nome "Zeca", o qual, tinha a função de escoltar a charrete por onde fosse
e o mais importante, o cavalo, cujo nome era “Queimadinho”.
Itaúna era local de grande movimentação de
tropeiros que vinham de vários locais e muitos destes, pernoitavam no grande
curral que Aurélio tinha como extensão de seus negócios, cuja terras, faziam
divisas com o senhor José Nogueira.
Das
núpcias com dona Rita Augusta, tiveram 8 filhos: Raimunda Campos Freitas, Maria de Lourdes Campos Mendes, Padre José, Isabel da Silva Campos, Benedita Campos
Pinto, Expedito da Silva Campos, Rafael Arcanjo Campos e Olivio Campos.
Aurélio
da Silva Campos faleceu no ano de 1977 com 84 anos, sendo velado seu corpo na
Igreja do Sagrado Coração de Jesus e enterrado ao lado da capela do cemitério
do bairro Santanense.
Rita Augusta de Oliveira & Aurélio da Silva Campos
Residência Rua Direita (Av. Getúlio Vargas)
REFERÊNCIAS:
Pesquisa e Acervo: Alexandre Campos
Organização: Charles Aquino.
Projeto de Lei dos Logradouros: Prefeitura Municipal de Itaúna
Fotografia: Charles Aquino
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