LEI Nº 850, de 23 de
Outubro de 1967
Dá
denominação a rua.
O
Povo do Município de Itaúna, por seus representantes, decreta e eu, em seu nome,
sanciono a seguinte Lei:
Art.
1º Denominar-se-á BENFICA ALVES
MAGALHÃES, a rua “A” da Vila Santa Rita, no Bairro da Piedade, nesta
cidade de Itaúna, que tem seu início na Rua Gioconda Corradi, e vai até os
limites e propriedade do senhor Antônio Corradi.
Art.
2º Revogadas as disposições em contrário, esta Lei entrará em vigor na data de
sua publicação.
Mando,
portanto, a todas autoridades, a quem o conhecimento desta Lei pertencer, que a
cumpram e a façam cumprir tão inteiramente como nela se contém e declara.
Prefeitura
Municipal de Itaúna, 23 de Outubro de 1967
Antônio
Dornas de Lima
Prefeito
Municipal
JUSTIFICATIVA
A
denominação vem de homenagear o progenitor daquele que foi o construtor da Vila
“Santa Rita” - Benfica Alves
Magalhães.
Além
desta particularidade, vem consignar em uma de nossas vias públicas um nome de
tradição em Itaúna, tronco de numerosa família radicalizada em nossa terra.
Sala
das Sessões, 17 de Outubro de 1967
A
BARBA DO BENFICA
Certa vez, José Rosa de Freitas,
perguntou ao fazendeiro Benfica de que maneira dormia — com a barba para dentro
ou para fora do cobertor?
Reza a lenda que, o senhor Benfica
passou a noite em claro sem saber onde colocaria a sua barba. No outro dia, foi
correndo reclamar com o curioso que lhe tinha feito esta pergunta (FERREIRA).
BARRAGEM
DO BENFICA
A Companhia
Industrial Itaunense, através de seu diretor, José de Cerqueira Lima, ao
ser informado pelo prefeito Lima Coutinho de que o Plano Diretor estava quase
pronto, contratou em 01 de agosto de 1950, o engenheiro eletricista, professor
em Itajubá, jovem, com 27 anos, casado, dr. Nelson Faria de Toledo, para
assessorar o engenheiro dr. Rubens Vaz de Mello, então gerente da empresa, no
levantamento topográfico da área onde seria instalada a Barragem.
Ciente, Zezé Lima, hábil político, de que a maioria dos terrenos da área a ser inundada saíra, no passado, de ancestrais do velho Benfica e das mãos de seus herdeiros, determinou que o logradouro chamar-se-ia “Barragem do Benfica”, homenagem ao patriarca, querido e respeitado na comunidade (MASCARENHAS).
FAMÍLIA MAGALHÃES
Baltazar Domingues de Fonte Boa faleceu com
testamento[1]
feito em 1812 e Antônia Maria de Jesus faleceu em 1841 com inventário[2].
Foram 4 filhos do
casal: Maria Rosa de Jesus, Manoel
Antônio de Fonte Boa, Ana Angélica
Jesus (a mãe), José Vicente Fonte Boa.
1) Maria
Madalena de Magalhães, casada com Francisco José da Silva; ela faleceu[4]
ficando viúva na fazenda da Pedra, em Sant’Ana de São João Acima, hoje Itaúna,
em 5/9/1893 deixando 10 filhos;
2) Antônio
Magalhães Portilho, casado com Joaquina Lucinda de Freitas;
3) Carolina
Angélica de Jesus, casado com José Antônio Pereira;
4) Sabina
Matilde de Magalhães, casado com Antônio José de Faria; residiam em Cantagalo;
5) Felício
Flávio de Magalhães, casado com Cândida Maria de Jesus; ambos faleceram em
1904;
6) Manoel
Antônio de Magalhães, casado com Carolina Guilhermina Magalhães; residente no
Patafufo, hoje Pará de Minas;
7) João
Antônio Portilho, solteiro em 1856; casado com Regina Francisca Carolina em
16/2/1858 em Sant’Ana de São João Acima, hoje Itaúna, ele com 25 anos de idade
e ela com 18 anos de idade;
8)
Martinho Alves de Magalhães,
casado com sua prima Feliciana Umbelina de Magalhães (filha de Tomaz de Aquino
Soares e Marciana Umbelina Magalhães); ela faleceu[5]
aos 60 anos em 1/6/1890 em Sant’Ana de São João Acima, hoje Itaúna, segundo
declaração de seu sobrinho Antônio José de Morais.
Foram
pais de:
1)
Benfica Alves Magalhães, casado com Maria Batista Magalhães;
2)
Aarão Alves de Morais, que teve quatro filhos reconhecidos com Maria do Carmo
Lima e, posteriormente, dez com sua esposa legítima Castorina Alexandrina de
Oliveira;
3)
Frederico Alves de Magalhães, casado com Bárbara de Oliveira. Estes três
ilustres cidadãos vieram para nossa região em meados do século XIX.
F2N8B1.
Crispim Alves Magalhães, nasceu
em 19/2/1898 Itaúna, onde casou-se[1]
com sua prima em 3º grau civil Maria de Lourdes Guimarães (nascida em
29/3/1902; filha de João Batista Guimarães, nasceu em 1880) em 27/9/1919 em
Itaúna; ele faleceu[2]
20/11/1977 em Belo Horizonte; ela faleceu[3] em
25/6/1993 Itaúna;
F2N8B2. Henrique Alves Magalhães, nasceu em 14/12/1899;
F2N8B3. Maria Alves Magalhães, nasceu em em 20/7/1902 na fazenda Vista Alegre; casou[4] com João Luiz Fonseca (nasceu em 26/9/1899; filho de Palmério Pinto Fonseca e Maria Luiza Fonseca) 30/12/1920 Itaúna; ele faleceu[5] em 25/7/1963 Itaúna; ela faleceu[6] em 17/10/1994 Itaúna;
F2N8B4. Maria; gêmea de Benfica;
F2N8B5. Benfica, gêmeo de Maria; nasceu em 30/8/1904 na fazenda Vista Alegre;
F2N8B6.
Domingos Alves Magalhães, nasceu em Itatiaiuçu em 1/9/1911; casado com Maria de
Lourdes Rodrigues Chaves (nasceu em 9/5/1912; filha de Francisco Cornélio
Rodrigues Chaves e Josefa Eufrosina Mendonça Chaves, residente em Itatiaiuçu)
em Itatiaiuçu em 1932; ambos faleceram[7] em
Itaúna, ela em 6/7/1984 e ele em 6/1/1995;
F2N8B7. Feliciana Benfica de Magalhães, nasceu em 11/1895 em Santana; aos 17 anos casada[8] com João Batista Ribeiro (20 anos; n. e res. em Itaúna; filho de João Ribeiro de Azambuja Filho e da falecida Maria Olímpia Alves) em 26/4/1913 em Itaúna; ele faleceu[9] em 26/10/1970 em Itaúna; ela faleceu[10] em 24/12/1970 em Itaúna;
F2N8B8. Alzira Benfica Magalhães, nasceu em Tabuões-Santana em 11/10/1897; casada[11] com José Cândido Pereira (nasceu em 9/5/1898; filho de Francisco Pereira Cardoso e Narcisa Marra Jesus) 26/4/1919 Itaúna;
F2N8B9.
Maria Benfica Magalhães, casada José Cândido Pereira (filho de Francisco
Pereira Cardoso e Narcisa Maria Jesus-ou Marra da Silva, esta filha de
Francisco Rodrigues Silva Campos e Alexandrina Marra da Silva, esta filha de
José Pereira Cardoso e Narcisa Silva Marra, família. Pereira Cardoso) em
2/4/1919;
F2N8B10. Santos Alves Magalhães, casado com. Etelvina Maria Jesus (filha de Juscelino Caetano Lima e Dionísia Teixeira Jesus) em Itatiaiuçu em 17/9/1927, ele com 23 e ela com 17 anos; ela faleceu em Itaúna em 18/10/1976.
REFERÊNCIAS:
ACERVO
BIBLIOGRÁFICO E FOTOGRÁFICO: Fundação Maria de Castro
Nogueira (Guaracy de Castro Nogueira – In
Memoriam).
ACERVO FOTOGRÁFICO (BENFICA GUIMARÃES): Giancarlo
Teles de Magalhães.
ACERVO
BIOGRÁFICO LOGRADOURO: Câmara Municipal de Itaúna/MG.
COLABORADORA
(CAUSO): Carmem Célia Ferreira
FONTES
PRIMÁRIAS: Cartório
Lauro de Faria Matos/Itaúna-MG (Atual Cartório Paz Registro Civil Pessoas
Naturais de Itaúna/MG).
FONTES PRIMÁRIAS: IHP – Instituto Histórico de Pitangui - Arquivo Judicial de Pitangui.
ORGANIZAÇÃO, PESQUISA E ARTE: Charles
Aquino
PESQUISA
GENEALÓGICA: Alan Penido, Aureo Nogueira da Silveira
CÂMARA MUNICIPAL ITAÚNA (PESQUISA): Charles Aquino, Patrícia Gonçalves Nogueira.
SÍNTESE
DO FASCÍCULO: ITAÚNA EM DETALHES - Enciclopédia Ilustrada de Pesquisa, 2003, p.33,34: Professor Luiz Mascarenhas
[1]
F.114-L.4-Cas-CRC - Cartório Lauro de Faria Matos/Itaúna-MG
[2] BH
F.283v-L.30-Óbi-CRC.
[3] F.
10-L.29-Óbi-CRC- Cartório Lauro de Faria Matos/Itaúna-MG
[4]
F.176v-L.4-Cas-CRC
- Cartório Lauro de Faria Matos/Itaúna-MG
[5]
F.33-L.19-Óbi-CRC - Cartório Lauro de Faria Matos/Itaúna-MG
[6]
F.162v-L.29-Óbi-CRC - Cartório Lauro de Faria Matos/Itaúna-MG
[7]
F.26-L.5-Cas-CRC-Itatatiaiuçu
[8]
F.54v-L.3-Cas-CRC - Cartório Lauro de Faria Matos/Itaúna-MG
[9]
F.76v-L.21-Óbi-CRC - Cartório Lauro de Faria Matos/Itaúna-MG
[10]
F.94v-L.21-Óbi-CRC - Cartório Lauro de Faria Matos/Itaúna-MG
[11]
F.89v-L.4-Cas-CRC-
Cartório Lauro de Faria Matos/Itaúna-MG
[1]
V.127-Arquivo Judicial de Pitangui
[2] XXII,2182- Arquivo Judicial de Pitangui
[3] V,309-AJP e
XXII,2435-AJP
[4]
F.162v-L.1-Obi-CRC - Cartório Lauro de Faria Matos/Itaúna-MG
[5] F.50-L.1 encad-Obi-CRC
- Cartório Lauro de Faria Matos/Itaúna-MG
Uma cidade se constrói a partir da história de seu povo. Gratidão pela homenagem a meu bisavô Benfica.
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