terça-feira, 5 de janeiro de 2021

BENFICA ALVES MAGALHÃES

Lei Municipal 0850/67— CEP: 35680-256
Denomina logradouro público: Rua Benfica Alves Magalhães / Bairro Graças
 

LEI Nº 850, de 23 de Outubro de 1967

Dá denominação a rua.

O Povo do Município de Itaúna, por seus representantes, decreta e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Denominar-se-á BENFICA ALVES MAGALHÃES, a rua “A” da Vila Santa Rita, no Bairro da Piedade, nesta cidade de Itaúna, que tem seu início na Rua Gioconda Corradi, e vai até os limites e propriedade do senhor Antônio Corradi.

Art. 2º Revogadas as disposições em contrário, esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Mando, portanto, a todas autoridades, a quem o conhecimento desta Lei pertencer, que a cumpram e a façam cumprir tão inteiramente como nela se contém e declara.

Prefeitura Municipal de Itaúna, 23 de Outubro de 1967

Antônio Dornas de Lima

Prefeito Municipal

 

JUSTIFICATIVA

A denominação vem de homenagear o progenitor daquele que foi o construtor da Vila “Santa Rita” - Benfica Alves Magalhães.

Além desta particularidade, vem consignar em uma de nossas vias públicas um nome de tradição em Itaúna, tronco de numerosa família radicalizada em nossa terra.

Sala das Sessões, 17 de Outubro de 1967


A BARBA DO BENFICA

Certa vez, José Rosa de Freitas, perguntou ao fazendeiro Benfica de que maneira dormia — com a barba para dentro ou para fora do cobertor?

Reza a lenda que, o senhor Benfica passou a noite em claro sem saber onde colocaria a sua barba. No outro dia, foi correndo reclamar com o curioso que lhe tinha feito esta pergunta (FERREIRA).


BARRAGEM DO BENFICA 

A Companhia Industrial Itaunense, através de seu diretor, José de Cerqueira Lima, ao ser informado pelo prefeito Lima Coutinho de que o Plano Diretor estava quase pronto, contratou em 01 de agosto de 1950, o engenheiro eletricista, professor em Itajubá, jovem, com 27 anos, casado, dr. Nelson Faria de Toledo, para assessorar o engenheiro dr. Rubens Vaz de Mello, então gerente da empresa, no levantamento topográfico da área onde seria instalada a Barragem.

 Adquiriu-se a fazenda de Henrique Alves de Magalhães, um dos filhos do famoso fazendeiro Benfica Alves de Magalhães, na certeza de que o bloco de concreto, barragem do lago artificial a ser construído, nela se localizaria.

 Ciente, Zezé Lima, hábil político, de que a maioria dos terrenos da área a ser inundada saíra, no passado, de ancestrais do velho Benfica e das mãos de seus herdeiros, determinou que o logradouro chamar-se-ia “Barragem do Benfica”, homenagem ao patriarca, querido e respeitado na comunidade (MASCARENHAS).


 FAMÍLIA MAGALHÃES

(Clicar na imagem para ampliar)
 
 A família Magalhães e a família Fonte Boa se uniram com o casamento de Baltazar Domingues de Fonte Boa e Antônia Maria de Jesus ; ela, filha do português tenente Antônio Magalhães Portilho e de Marciana Maria de Jesus (filha de Ana Maria Conceição e do português tenente Manuel Soares Braga); ele filho de Alexandre Domingos da Venda e Antônia Domingues, portugueses da freguesia de São Salvador de Fonte Boa, termo de Barcelos, arcebispado de Braga, daí o topônimo Fonte Boa; moravam na fazenda Serra Negra em Igaratinga;

Baltazar Domingues de Fonte Boa faleceu com testamento[1] feito em 1812 e Antônia Maria de Jesus faleceu em 1841 com inventário[2].

Foram 4 filhos do casal:  Maria Rosa de Jesus, Manoel Antônio de Fonte Boa, Ana Angélica Jesus (a mãe), José Vicente Fonte Boa.

 Manoel Antônio de Fonte Boa, casou-se em 1810 com Eufrásia Felícia Morais (nascida em Pitangui; filha de Manoel Preto Rodrigues e Ana Maria de Jesus); ela faleceu em 17/7/1856 com testamento e inventário[3], onde declarou ter 8 filhos:

1)    Maria Madalena de Magalhães, casada com Francisco José da Silva; ela faleceu[4] ficando viúva na fazenda da Pedra, em Sant’Ana de São João Acima, hoje Itaúna, em 5/9/1893 deixando 10 filhos; 

2)    Antônio Magalhães Portilho, casado com Joaquina Lucinda de Freitas;

3)    Carolina Angélica de Jesus, casado com José Antônio Pereira;

4)    Sabina Matilde de Magalhães, casado com Antônio José de Faria; residiam em Cantagalo;

5)    Felício Flávio de Magalhães, casado com Cândida Maria de Jesus; ambos faleceram em 1904;

6)    Manoel Antônio de Magalhães, casado com Carolina Guilhermina Magalhães; residente no Patafufo, hoje Pará de Minas;

7)    João Antônio Portilho, solteiro em 1856; casado com Regina Francisca Carolina em 16/2/1858 em Sant’Ana de São João Acima, hoje Itaúna, ele com 25 anos de idade e ela com 18 anos de idade;

 

8)    Martinho Alves de Magalhães, casado com sua prima Feliciana Umbelina de Magalhães (filha de Tomaz de Aquino Soares e Marciana Umbelina Magalhães); ela faleceu[5] aos 60 anos em 1/6/1890 em Sant’Ana de São João Acima, hoje Itaúna, segundo declaração de seu sobrinho Antônio José de Morais.

Foram pais de:

1) Benfica Alves Magalhães, casado com Maria Batista Magalhães;

2) Aarão Alves de Morais, que teve quatro filhos reconhecidos com Maria do Carmo Lima e, posteriormente, dez com sua esposa legítima Castorina Alexandrina de Oliveira;

3) Frederico Alves de Magalhães, casado com Bárbara de Oliveira. Estes três ilustres cidadãos vieram para nossa região em meados do século XIX.

 

 DESCENDÊNCIA DE BENFICA ALVES MAGALHÃES

 

F2N8N1. Benfica Alves Magalhães, nasceu em 1863; casado com Maria Batista Alves que depois acrescentou o sobrenome de Magalhães (nasceu em 1879; filha de de Gonçalo Alves Pedrosa e Rita Cândida Paiva), pais de:

F2N8B1. Crispim Alves Magalhães, nasceu em 19/2/1898 Itaúna, onde casou-se[1] com sua prima em 3º grau civil Maria de Lourdes Guimarães (nascida em 29/3/1902; filha de João Batista Guimarães, nasceu em 1880) em 27/9/1919 em Itaúna; ele faleceu[2] 20/11/1977 em Belo Horizonte; ela faleceu[3] em 25/6/1993 Itaúna;

 F2N8B2. Henrique Alves Magalhães, nasceu em 14/12/1899;

 F2N8B3. Maria Alves Magalhães, nasceu em em 20/7/1902 na fazenda Vista Alegre; casou[4] com João Luiz Fonseca (nasceu em 26/9/1899; filho de Palmério Pinto Fonseca e Maria Luiza Fonseca) 30/12/1920 Itaúna; ele faleceu[5] em 25/7/1963 Itaúna; ela faleceu[6] em 17/10/1994 Itaúna;

 F2N8B4. Maria; gêmea de Benfica;

 F2N8B5. Benfica, gêmeo de Maria; nasceu em 30/8/1904 na fazenda Vista Alegre;

F2N8B6. Domingos Alves Magalhães, nasceu em Itatiaiuçu em 1/9/1911; casado com Maria de Lourdes Rodrigues Chaves (nasceu em 9/5/1912; filha de Francisco Cornélio Rodrigues Chaves e Josefa Eufrosina Mendonça Chaves, residente em Itatiaiuçu) em Itatiaiuçu em 1932; ambos faleceram[7] em Itaúna, ela em 6/7/1984 e ele em 6/1/1995;

 F2N8B7. Feliciana Benfica de Magalhães, nasceu em 11/1895 em Santana; aos 17 anos casada[8] com João Batista Ribeiro (20 anos; n. e res. em Itaúna; filho de João Ribeiro de Azambuja Filho e da falecida Maria Olímpia Alves) em 26/4/1913 em Itaúna; ele faleceu[9] em 26/10/1970 em Itaúna; ela faleceu[10] em 24/12/1970 em Itaúna;

 F2N8B8. Alzira Benfica Magalhães, nasceu em Tabuões-Santana em 11/10/1897; casada[11] com José Cândido Pereira (nasceu em 9/5/1898; filho de Francisco Pereira Cardoso e Narcisa Marra Jesus) 26/4/1919 Itaúna;

 

F2N8B9. Maria Benfica Magalhães, casada José Cândido Pereira (filho de Francisco Pereira Cardoso e Narcisa Maria Jesus-ou Marra da Silva, esta filha de Francisco Rodrigues Silva Campos e Alexandrina Marra da Silva, esta filha de José Pereira Cardoso e Narcisa Silva Marra, família. Pereira Cardoso) em 2/4/1919;

 F2N8B10. Santos Alves Magalhães, casado com. Etelvina Maria Jesus (filha de Juscelino Caetano Lima e Dionísia Teixeira Jesus) em Itatiaiuçu em 17/9/1927, ele com 23 e ela com 17 anos; ela faleceu em Itaúna em 18/10/1976.

 



REFERÊNCIAS:

ACERVO BIBLIOGRÁFICO E FOTOGRÁFICO: Fundação Maria de Castro Nogueira (Guaracy de Castro Nogueira – In Memoriam).

ACERVO FOTOGRÁFICO (BENFICA GUIMARÃES): Giancarlo Teles de Magalhães.

ACERVO BIOGRÁFICO LOGRADOURO: Câmara Municipal de Itaúna/MG.

COLABORADORA (CAUSO): Carmem Célia Ferreira

FONTES PRIMÁRIAS:  Cartório Lauro de Faria Matos/Itaúna-MG (Atual Cartório Paz Registro Civil Pessoas Naturais de Itaúna/MG).

FONTES PRIMÁRIAS: IHP – Instituto Histórico de Pitangui - Arquivo Judicial de Pitangui.

ORGANIZAÇÃO, PESQUISA E ARTE: Charles Aquino

PESQUISA GENEALÓGICA: Alan Penido, Aureo Nogueira da Silveira

CÂMARA MUNICIPAL ITAÚNA (PESQUISA): Charles Aquino, Patrícia Gonçalves Nogueira.

SÍNTESE DO FASCÍCULO: ITAÚNA EM DETALHES - Enciclopédia Ilustrada de Pesquisa, 2003, p.33,34: Professor Luiz Mascarenhas



[1] F.114-L.4-Cas-CRC - Cartório Lauro de Faria Matos/Itaúna-MG

[2] BH F.283v-L.30-Óbi-CRC. 

[3] F. 10-L.29-Óbi-CRC- Cartório Lauro de Faria Matos/Itaúna-MG

[4] F.176v-L.4-Cas-CRC - Cartório Lauro de Faria Matos/Itaúna-MG

[5] F.33-L.19-Óbi-CRC - Cartório Lauro de Faria Matos/Itaúna-MG

[6] F.162v-L.29-Óbi-CRC - Cartório Lauro de Faria Matos/Itaúna-MG

[7] F.26-L.5-Cas-CRC-Itatatiaiuçu

[8] F.54v-L.3-Cas-CRC - Cartório Lauro de Faria Matos/Itaúna-MG

[9] F.76v-L.21-Óbi-CRC - Cartório Lauro de Faria Matos/Itaúna-MG

[10] F.94v-L.21-Óbi-CRC - Cartório Lauro de Faria Matos/Itaúna-MG

[11] F.89v-L.4-Cas-CRC- Cartório Lauro de Faria Matos/Itaúna-MG



[1] V.127-Arquivo Judicial de Pitangui

[2] XXII,2182- Arquivo Judicial de Pitangui

[3] V,309-AJP e XXII,2435-AJP

[4] F.162v-L.1-Obi-CRC - Cartório Lauro de Faria Matos/Itaúna-MG

[5] F.50-L.1 encad-Obi-CRC - Cartório Lauro de Faria Matos/Itaúna-MG


Local: R. Benfica Alves Magalhães - Cerqueira Lima, Itaúna - MG, 35680-258, Brasil

Um comentário:

  1. Uma cidade se constrói a partir da história de seu povo. Gratidão pela homenagem a meu bisavô Benfica.

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