Denomina logradouro
público: Praça Mário Matos / Centro
MÁRIO GONÇALVES DE MATOS
Nasceu em Santana do Rio São João Acima, atual Itaúna (MG), no dia 28 de
setembro de 1891, filho de Antônio Pereira de Matos e de Maria Gonçalves de
Sousa Matos. Fez o curso secundário no município mineiro de Dores do Indaiá e o
preparatório nas cidades de Belo Horizonte e Juiz de Fora.
Transferindo-se para a então capital federal, matriculou-se na Faculdade
Livre de Direito. Ainda nos tempos de estudante começou a atuar no campo do
jornalismo e das artes. Em 1912 escreveu seu primeiro texto teatral, intitulado
“A chegada do Presidente”.
Dois anos depois terminou a peça Seu Anastácio chegou de viagem. Em 1915 começou a escrever para o jornal carioca Gazeta de Notícias e logo após para a Revista ABC, da qual se tornou redator-chefe. Em 1920, ano em que se formou, escreveu a peça Itaúna em fraldas de camisa. Escreveu a famosa peça teatral "As Cigarras do Sertão" em 1925.
Recém-formado, retornou a Itaúna, onde foi vereador e vice-presidente da
Câmara Municipal. Eleito deputado estadual em 1923, exerceu o mandato na
Assembleia Legislativa mineira até 1926, tendo sido vice-presidente da casa e
membro da Comissão de Finanças. Em 1927 foi eleito deputado federal pelo
Partido Republicano Mineiro e em maio tomou posse na Câmara dos Deputados, no
Rio de Janeiro.
Reeleito em março de 1930, teve o mandato interrompido em outubro seguinte em decorrência da vitória da revolução que levou Getúlio Vargas ao poder e extinguiu todos os órgãos legislativos do país. Voltou então para Itaúna e passou a advogar.
Em fins de 1933 foi nomeado diretor da Imprensa Oficial de Minas Gerais
e, em 1935, ministro do Tribunal de Contas mineiro. Em julho de 1939 assumiu a
Secretaria do Interior e de Justiça do estado e em julho de 1940 foi nomeado
desembargador do Tribunal de Apelação, corte da qual posteriormente se tornaria
vice-presidente. Foi ainda diretor da Escola Normal e do periódico Centro de
Minas, em seu município de origem, e professor do Instituto de Educação,
diretor do Diário de Minas e redator-chefe da Revista Alterosa, em Belo
Horizonte.
No Rio de Janeiro trabalhou na Imprensa Nacional e foi docente no Instituto Lafayette. Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, presidiu a Associação de Cultura Franco Brasileira e a Academia Mineira de Letras, e foi diretor da Associação Mineira de Imprensa. Faleceu em Belo Horizonte em 28 de dezembro de 1966.
Casou-se com Elisa de Moura Matos e, posteriormente, com Hermelinda de Almeida Matos. Seu genro Paulo Campos Guimarães foi deputado estadual em Minas Gerais. Em seu vasto número de publicações destacam-se Discursos (1927), Último Canto da Tarde, Machado de Assis: o homem e sua obra (1939) e O homem persegue o autor (1945).
REFERÊNCIAS:
TEXTO: Luciana Pinheiro
FONTE: CÂM. DEP. Deputados brasileiros (p. 191);
MONTEIRO, N. Dicionário (v. 1, 2, p. 305-306; 404-405);
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