Lei Municipal 1244/75—
CEP: 35680-097
Denomina
logradouro público: Rua José de Alencar / Bairro Irmãos Auler
Projeto
de Lei 05/75
Da
denominação a Bairro, Ruas e Avenidas
O
Povo do Município de Itaúna, por seus representantes decreta e eu, em seu nome,
sanciono a seguinte Lei Municipal nº 1244/75
Art.
1º — Denominar-se-á “BAIRRO IRMÃOS AULER”
o atual loteamento de Irmãos Auler Ltda.
Art.
2º — As ruas atualmente somente numeradas do loteamento Irmãos Auler Ltda terão
as seguintes denominações:
RUA
JOSÉ DE ALENCAR — A atual Rua 6 que tem seu início na Rua
1 e termina na Rua 2;
Art.
3º — Revogadas as disposições em contrário, esta Lei entrará em vigor na data
de sua publicação.
Sala
das Sessões, em 24 de novembro de 1975
Raimundo
Santos Nogueira — Vereador
COMISSÃO DE JUSTIÇA E REDAÇÃO
Nomeio
o relator o vereador Nelson Ferreira da Silva.
Sala
das Sessões 26/11/1975
Joaquim
Antônio Diniz
O
substitutivo preenche os requisitos legais. Deve ser apreciado pela Câmara.
Sala
das Sessões 26/11/1975
Nelson
Ferreira da Silva — Relator
Joaquim
Ferreira da Silva — Presidente da Comissão
Valdir
Corradi — membro
COMISSÃO DE FINANÇAS E ORÇAMENTO
Nomeio
relator o vereador Waldemar Gonçalves de Sousa
Sala
das Sessões 26/11/1975
Geraldo
Alves Parreiras — Presidente da Comissão
O
projeto merece aprovação em primeira discussão.
Sala
das Sessões 26/11/1975
Waldemar
Gonçalves de Sousa — Relator
Geraldo
Alves Parreiras — Presidente da Comissão
Luiz
de Oliveira Guimarães — Membro
A
Comissão de Justiça e Redação é pela aprovação com a redação primitiva do
Substitutivo, incorporadas as emendas aprovadas.
Aprovado
em 1ª discussão 26/11/1975
Aprovado
em 2ª discussão 27/11/1975
Aprovado
em 3ª discussão 28/11/1975
Sala
das Sessões 28/11/1975
Joaquim
Antônio Diniz
Valdir
Corradi
Jaime
Nogueira Rodrigues — Presidente da Câmara
JOSÉ DE ALENCAR
José
de Alencar (José Martiniano de Alencar), advogado, jornalista, político,
orador, romancista e teatrólogo, nasceu em Messejana (atual bairro de
Fortaleza), CE, em 1º de maio de 1829, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12
de dezembro de 1877. É o patrono da cadeira n. 23, por escolha de Machado de
Assis.
Era
filho do padre, depois senador, José Martiniano de Alencar e de sua prima Ana
Josefina de Alencar, com quem formara uma união socialmente bem aceita,
desligando-se bem cedo de qualquer atividade sacerdotal. É neto, pelo lado
paterno, do comerciante português José Gonçalves dos Santos e de D. Bárbara de
Alencar, matrona pernambucana que se consagraria heroína da revolução de 1817.
Ela e o filho José Martiniano, então seminarista no Crato, passaram quatro anos
presos na Bahia, pela adesão ao movimento revolucionário irrompido em
Pernambuco.
As
mais distantes reminiscências da infância do pequeno José mostram-no lendo
velhos romances para a mãe e as tias, em contato com as cenas da vida sertaneja
e da natureza brasileira e sob a influência do sentimento nativista que lhe
passava o pai revolucionário. Entre 1837-38, em companhia dos pais, viajou do
Ceará à Bahia, pelo interior, e as impressões dessa viagem refletir-se-iam mais
tarde em sua obra de ficção. Transferiu-se com a família para o Rio de Janeiro,
onde o pai desenvolveria carreira política e onde frequentou o Colégio de
Instrução Elementar. Em 1844 vai para São Paulo, onde permanece até 1850,
terminando os preparatórios e cursando Direito, salvo o ano de 1847, em que faz
o 3º ano na Faculdade de Olinda.
Formado, começa a advogar no Rio e passa a
colaborar no Correio Mercantil, convidado por Francisco Otaviano de Almeida
Rosa, seu colega de Faculdade, e a escrever para o Jornal do Comércio os
folhetins que, em 1874, reuniu sob o título de Ao correr da pena. Redator-chefe
do Diário do Rio de Janeiro em 1855. Filiado ao Partido Conservador, foi eleito
várias vezes deputado geral pelo Ceará; de 1868 a 1870, foi ministro da
Justiça. Não conseguiu realizar a ambição de ser senador, devendo contentar-se
com o título do Conselho. Desgostoso com a política, passou a dedicar-se
exclusivamente à literatura.
A
sua notoriedade começou com as Cartas sobre A Confederação dos Tamoios,
publicadas em 1856, com o pseudônimo de Ig, no Diário do Rio de Janeiro, nas
quais critica veementemente o poema épico de Domingos Gonçalves de Magalhães,
favorito do Imperador e considerado então o chefe da literatura brasileira.
Estabeleceu-se, entre ele e os amigos do poeta, apaixonada polêmica de que
participou, sob pseudônimo, o próprio D. Pedro II.
A
crítica por ele feita ao poema denota o grau de seus estudos de teoria
literária e suas concepções do que devia caracterizar a literatura brasileira,
para a qual, a seu ver, era inadequado o gênero épico, incompatível à expressão
dos sentimentos e anseios da gente americana e à forma de uma literatura
nascente. Optou, ele próprio, pela ficção, por ser um gênero moderno e livre.
Ainda
em 1856, publicou o seu primeiro romance conhecido: Cinco minutos. Em 1857,
revelou-se um escritor mais maduro com a publicação, em folhetins, de O
Guarani, que lhe granjeou grande popularidade. Daí para frente escreveu
romances indianistas, urbanos, regionais, históricos, romances-poemas de
natureza lendária, obras teatrais, poesias, crônicas, ensaios e polêmicas
literárias, escritos políticos e estudos filológicos.
A
parte de ficção histórica, testemunho da sua busca de tema nacional para o
romance, concretizou-se em duas direções: os romances de temas propriamente
históricos e os de lendas indígenas. Por estes últimos, José de Alencar
incorporou-se no movimento do Indianismo na literatura brasileira do século
XIX, em que a fórmula nacionalista consistia na apropriação da tradição
indígena na ficção, a exemplo do que fez Gonçalves Dias na poesia.
Em
1866, Machado de Assis, em artigo no Diário do Rio de Janeiro, elogiou
calorosamente o romance Iracema, publicado no ano anterior. José de Alencar
confessou a alegria que lhe proporcionou essa crítica em Como e por que sou
romancista, onde apresentou também a sua doutrina estética e poética, dando um
testemunho de quão consciente era a sua atitude em face do fenômeno literário.
Machado de Assis sempre teve José de Alencar na mais alta conta e, ao fundar-se
a Academia Brasileira de Letras, em 1897, escolheu-o como patrono de sua
cadeira.
Sua
obra é da mais alta significação nas letras brasileiras, não só pela seriedade,
ciência e consciência técnica e artesanal com que a escreveu, mas também pelas
sugestões e soluções que ofereceu, facilitando a tarefa da nacionalização da
literatura no Brasil e da consolidação do romance brasileiro, do qual foi o
verdadeiro criador. Sendo a primeira figura das nossas letras, foi chamado “o
patriarca da literatura brasileira”. Sua imensa obra causa admiração não só
pela qualidade, como pelo volume, se considerarmos o pouco tempo que José de
Alencar pôde dedicar-lhe numa vida curta. Faleceu no Rio de Janeiro, de
tuberculose, aos 48 anos de idade.
REFERÊNCIAS:
Organização:
Charles Aquino
Texto
biográfico e acervo: Academia Brasileira de Letras
Projetos
de Leis dos Logradouros: Câmara Municipal de Itaúna
Pesquisa:
Charles Aquino, Patrícia Gonçalves Nogueira
Logo:
Câmara Municipal de Itaúna e Prefeitura Municipal de Itaúna
0 comentários:
Postar um comentário